domingo, 5 de abril de 2009

O Desmatamento da Amazônia

Por ano, são desmatados, em média, cerca de 21 mil quilômetros da floresta no Brasil, o que significa dizer que a Amazônia perde o equivalente a um Estado de Sergipe anualmente. De 2004 até metade de 2007, houve uma queda acentuada nos índices de desmatamento, chegando a 14 mil quilômetros quadrados entre agosto de 2005 e julho de 2006. De agosto de 2006 a julho de 2007, foram desmatados 11,2 mil quilômetros quadrados. A situação, no entanto, começou a se inverter novamente. Nos últimos cinco meses de 2007, o desmatamento foi de 3.233 quilômetros quadrados, um número muito alto principalmente porque nos últimos meses do ano, com as chuvas fortes na região, a derrubada de árvores costuma ser pequena. Mas quais as razões para o desmatamento?

São várias as causas do desmatamento amazônico: aumento populacional, exploração de madeira, pecuária e agricultura extensiva, queimadas, extração mineral e ampliação da infra-estrutura da região, são as principais resposáveis do desmatamento da Amazônia.
Causas do desmatamento na Amazônia
70% da terra anteriormente coberta por florestas na Amazônia, e 91% da área desmatada desde 1970 é usada para pastagem. Além disso, o Brasil é atualmente o segundo maior produtor mundial de soja (depois dos EUA), majoritariamente para alimentação de animais, e à medida que a demanda pela soja sobe, plantadores de soja "sobem" para o norte, em direção às áreas de florestadas. A taxa anual de desmatamento na Amazônia cresceu de 1990 a 2003 devido a fatores locais, nacionais e internacionais. 70% da área anteriormente coberta por floresta, e 91% da área desmatada desde 1970, é usada como pastagem. Além disso, o Brasil é atualmente o segundo maior produtor global de soja (atrás apenas dos EUA), usada majoritariamente como ração para animais. À medida que o preço da soja sobe, os produtores avançam para o norte, em direção às áreas ainda cobertas por floresta. Pela legislação brasileira, abrir áreas para cultivo é considerado ‘uso efetivo’ da terra e é o primeiro passo para obter sua propriedade. Áreas já abertas valem 5–10 vezes mais que áreas florestadas e por isso são interessantes para proprietários que tem o objetivo de revendê-las. Segundo Michael Williams, “O povo brasileiro sempre viu a Amazônia como uma propriedade comunal que pode ser livremente cortada, queimada e abandonada.” A indústria da soja é a principal fonte de divisas para o Brasil, e as necessadades dos produtores de soja têm sido usados para validar muitos projetos controversos de infra-estrutura de transportes na Amazônia. As duas primeiras rodovias, Belém-Brasília (1958) e Cuiaba-Porto Velho (1968), eram, até o fim da década de 1990, as duas únicas rodovias pavimentadas e transitáveis o ano inteiro na Amazônia Legal. Costuma-se dizer que essas duas rodovias são o cerne de um ‘arco de desmatamento’”. A rodovia Belém-Brasília atraiu cerca de 2 milhões de colonizadores em seus 20 primeiros anos. O sucesso da rodovia Belém-Brasília em dar acesso à Amazônia foi repetido com a construção de mais estradas para dar suporte à demanda por áreas ocupáveis. A conclusão da construção das estradas foi seguida por intenso povoamento das redondezas, com impactos para a floresta. Cientistas usando dados de satélites da NASA constataram que a ocupação por áreas de agricultura mecanizada tem tornado-se, recentemente, uma força significativa no desmatamento da Amazônia brasileira. Essa modificação do uso da terra pode alterar o clima da região e a capacidade da área de absorver dióxido de carbono. Pesquisadores descobriram que em 2003, então o ano com maiores índices de desmatamento, mais de 20% das florestas no Mato Grosso foram transformadas em área de cultivo. Isso sugere que a recente expansão agrícola na região contribui para o desmatamento. Em 2005, o preço da soja caiu mais de 25% e algumas áreas do Mato Grosso mostraram diminuição no desmatamento, embora a zona agrária central tenha continuado desmatamento. A taxa de desmatamento pode retornar aos altos níveis de 2003 à medida que a soja e outros produtos agrícolas voltam a se valorizar no mercado internacional. O Brasil tornou-se um líder mundial na produção de grãos, incluindo a soja, que totalizam mais de um terço do PIB brasileiro. Isso sugere que as altas e baixas dos preços de grãos, carne e madeira podem ter um impacto significativo no destino do uso da terra na região.

Clima


O clima é o típico tropical, ou seja, quente e úmido. A temperatura média anual é entre 24ºC e 26ºC. A máxima chega a 40ºC e a mínima é de 12ºC. De setembro a dezembro o clima é mais seco, fazendo com que o período seja o mais propício para visita.

Fauna: A fauna é rica em espécies, principalmente as de hábito noturno. Animais em extinção como a ariranha, o peixe-boi e o tamanduá-bandeira, também são encontrados no parque. O grande número de mamíferos é destaque no local: cachorros-do-mato, tamanduás-bandeira, tatus-canastra e onças-pintadas, e mais de 250 espécies de aves, sendo que algumas delas, como o urubu-rei e a águia-real estão em extinção. Há também grande número de jacarés, tartarugas, cobras e rãs. Uma grande variedade de peixes, como por exemplo, o piracuru e o tucunaré, é encontrada no Parque.

Outras espécies são as lontras, o boto, o peixe-boi e a ariranha. Répteis e insetos exóticos, como o besouro de 20 centímetros chamado Titanus Gigantus, habitam o lugar.

Flora: A flora tem predominância da Floresta Tropical Úmida e as maiores árvores têm altura média de 50 metros. Outra peculiaridade é a vitória-régia, que chega a dois metros de diâmetro. Às margens do rio, encontram-se trepadeiras, lianas, cipós, samambaias, orquídeas, musgos e liquens.

Geologia e Relevo

Geologicamente, limita-se ao norte e ao sul com os escudos cristalinos brasileiros e das guianas, respectivamente; ao longo da borda oeste, com a Cordilheira dos Andes. Entre as feições antigas existentes, encontra-se uma depressão preenchida por uma cobertura sedimentar de caráter fluvial e lacustre. Ao norte e ao sul da calha do médio e baixo rio Amazonas, os escudos cristalinos e os sedimentos terciários. Todas estas e outras formações geológicas datam de milhões de anos.


Ainda falando nos períodos antecessores ao nosso, quando o nível do mar esteve baixo, o rio Amazonas, juntamente, com seus afluentes, alargou e escavou vales; quando o nível do mar estava alto, estes vales foram aterrados com sedimentos originários da região andina, formando as várzeas.


O relevo amazônico não apresenta altitudes acima de 200 metros, porém, nesta região (fronteira do Brasil com a Venezuela) localiza-se o ponto culminante do País, o Pico da Neblina, com 3.014 metros, mais precisamente na Serra do Imeri. Baseando ainda na estrutura geológica acima descrita, surgem as principais unidades de relevo amazônicas:

Planície de Inundação (várzeas)
Formadas por sedimentos recentes, pouco acima do nível das águas, periodicamente inundadas, e terraços pleistocênicos, um pouco mais antigos, formados em períodos nos quais o nível dos rios esteve alguns metros acima do nível atual.

Planalto Amazônico
Com altitudes máximas de 200m, formado por sedimentos terciários argilo-arenosos; a unidade geomorfológica intensamente compartimentada pela rede de drenagem de igarapés e rios autóctones, podendo apresentar diversos níveis de terraços e topografia bastante acidentada.

Escudos Cristalinos
Situam-se ao norte e ao sul da bacia sedimentar, muito pediplanados e nivelados com esta, de tal modo que o contato é apenas marcado pela zona das cachoeiras dos afluentes do rio Amazonas; altitudes caracteristicamente acima de 200m.

RELEVO: depressão na maior parte; faixa de planície perto do Rio Amazonas e planaltos a Leste. Tem ao mesmo tempo as terras mais altas (pico da Neblina, 3.014m de altitude, situado ao norte do estado na serra de Imeri, próximo à Venezuela) e a maior extensão de terras baixas (menos de 100m) do Brasil.


O relevo do estado do Amazonas apresenta três patamares de altitude - igapós, várzeas e baixos platôs ou terra firme - definidos pelo volume de água dos rios, em função das chuvas. Os igapós são áreas permanentemente inundadas, com vegetação adaptada a permanecer com as raízes sempre debaixo d’água. As várzeas encontram-se em terreno mais elevado e são inundadas apenas na época das cheias dos rios. A seringueira é um exemplo do tipo de árvores existentes nessa área. Os baixos platôs ou terra firme estão localizados nas partes mais elevadas e fora do alcance das cheias dos rios.

Solos

Devido às precipitações e as temperaturas elevadas, o solo sofre alterações em seu material de origem (minerais) e lixiviação em suas bases, tornado-se profundos e bem drenados, apresentando coloração vermelha ou amarela, pouco férteis e ácidos. Caracteriza-se, então como:

•Oxissolo (latossolo) - excelente textura granular, baixíssima fertilidade natural, propriedade uniforme em sua profundidade, ocupando 45% da área.

•Ultissolo (pdzólico vermelho-amarelo) - horizonte de acumulação de argila, propriedade física menos favorável para agronomia e baixa fertilidade natural, ocupando 30% da Amazônia.

Aproximadamente 6% da área são ocupados por solos férteis bem drenados; 2% por solos de espessos horizontes de areias quartzosas e solos aluviais, alguns muito férteis.

A grande biodiversidade é característica reconhecida das florestas úmidas da Amazônia; abrange espécies biológicas, ecossistemas, populações de espécies diversas e uma grande diversidade genética. Como exemplo, pode-se citar o fato de serem conhecidas 2.500 espécies de árvores na Amazônia.

Alerta


A ocupação da região amazônica não vem seguindo as sugestões dos especialistas em agricultura. Os solos vêm sendo ocupados em função da proximidade com as áreas urbanas ou de rodovias, sem levar em consideração o tipo de solo e de produção. A tendência é de rápido esgotamento do solo, sem a produtividade desejada.

Ocupação da Amazônia

Uso e a ocupação do solo da Amazônia são caracterizados pelo extrativismo vegetal e animal – incluindo a extração da madeira – pela pecuária, por madeireiras e pela agricultura de subsistência, bem como pelo cultivo de espécies vegetais arbustivo-arbóreas. A produção de grãos recobre parcelas contínuas expressivas. A mineração e o garimpo (atividades pontuais) e a infra-estrutura regional (atividades pontuais e lineares) também são responsáveis pela alteração dos ecossistemas naturais. Nos arredores de núcleos urbanos e áreas de ocupação mais antigas, uma boa parte das terras, outrora desmatadas, encontra-se recoberta ora por capoeiras ora por florestas nativas nos seus vários estágios de crescimento e regeneração. Estima-se que 15% da Amazônia já foi desmatada.













INTERESSES DO MUNDO

A Amazônia é uma região que desperta um grande interesse em todo o mundo - pela sua beleza natural, pela biodiversidade, por seus rios e pela sua rica cultura.

HABITAÇÃO

A maior parte das comunidades ribeirinhas vivem nas margens dos rios amazônicos Tapajós e Arapiuns. Na região do Rio Negro, cerca de 400 famílias vivem em 12 comunidades. Para essa gente o rio é estrada, lavanderia e, principalmente, o sustento. Eles sobrevivem com a produção da farinha de mandioca, artesanato e pesca.

POPULAÇÃO

Não se pode confirmar exatamente desde quando a Amazônia é habitada, mas sabe-se que desde antes da chegada dos europeus, no século XVI, os índios já viviam na região.


Desses mais de 500 anos de história, a formação populacional da Amazônia, assim como a brasileira, preserva ainda hoje características da grande miscigenação entre as diversas raças.

Herança da colonização européia, o brasileiro, e o povo amazônico, em particular, apresentam traços do índio, o branco e o negro, como nenhum outro no mundo. Ribeirinhos, índios, seringueiros, garimpeiros, pescadores, operários, executivos.

Com cerca de 20 milhões de pessoas vivendo nos nove estados da Amazônia Legal, a densidade demográfica é de cerca de 3,4 habitantes por Km2, com 62% da população vivendo nos centros urbanos. Manaus, considerada a maior cidade da Amazônia, de acordo com o Censo 2000, possui população de mais de 1,4 milhão de pessoas.

Localização


A Floresta Amazônica está localizada na Região Norte do Brasil, e possui uma área de cerca de 5,5 milhões de km². Fazendo parte de nove países: Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa, é a maior floresta tropical úmida do planeta e com a maior biodiversidade. No Brasil, a Amazônia Legal se estende por nove estados brasileiros: Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Acre, Amapá, Maranhão, Tocantins e parte do Mato Grosso, representando mais de 61 % do Território Nacional.

O Amazonas é o maior estado da Amazônia e também do Brasil, com mais de 1,5 milhão de km². Muito maior que vários países da Europa como Portugal, Inglaterra, Holanda ou Alemanha, por exemplo.

Ecossistemas


Amazônia é constituída pelos seguintes ecossistemas:

- Floresta ombrófila densa (a chamada
Floresta Amazônica);
- Floresta ombrófila aberta;
- Floresta estacional decidual e semidecidual;
- Campinarana;
- Formações pioneiras;
- Refúgios montanos;
- Savanas amazônicas;
- Matas de terra firme;
- Matas de várzea;
- Matas de igapós;
- Flora e Fauna.

Estes ecossistemas estão distribuídos em 23 eco-regiões, abrangendo os estados do
Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. Inclui também zonas de transição com os biomas vizinhos, cerrado, caatinga e pantanal.

A Floresta Amazônica é a
floresta equatorial que forma a maior parte da Amazônia. É uma das três grandes florestas tropicais do mundo. A hiléia amazônica (como a definiu Alexander von Humboldt) possui a aparência, vista de cima, de uma camada contínua de copas, situadas a aproximadamente 50 metros do solo.

A dificuldade para a entrada de luz pela abundância de copas faz com que a vegetação rasteira seja muito escassa na Amazônia, bem como os
animais que habitam o solo e precisam desta vegetação. A maior parte da fauna amazônica é composta de animais que habitam as copas das árvores, entre 30 e 50 metros. Não existem animais de grande porte, como nas savanas. Entre as aves da copa estão os papagaios, tucanos e pica-paus. Entre os mamíferos estão os morcegos, roedores, macacos e marsupiais.

O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de
nutrientes. Apesar disso, a flora e fauna mantêm-se em virtude do estado de equilíbrio (clímax) atingido pelo ecossistema. O aproveitamento de recursos é ótimo, havendo mínimo de perdas. Um exemplo claro disso está na distribuição acentuada de micorrizas pelo solo, que garantem às raízes uma absorção rápida dos nutrientes que escorrem a partir da floresta, com as chuvas. Também forma-se no solo uma camada de decomposição de folhas, galhos e animais mortos que rapidamente são convertidos em nutrientes e aproveitados antes da lixiviação

A diversidade de espécies, porém, e a dificuldade de acesso às altas copas, faz com que grande parte da fauna ainda seja desconhecida..

A fauna e
flora amazônicas foram descritas no impressionante Flora Brasiliensis (40 volumes), de Carl von Martius, naturalista austríaco que dedicou boa parte de sua vida à pesquisa da Amazônia, no século XIX.

Formação da bacia amazônica



A bacia amazônica é formada pelo rio Amazonas e seus afluentes. Estes estão situados nos dois hemisférios (no hemisfério norte e no hemisfério sul) e, devido a esse fato, o rio Amazonas tem dois períodos de chuvas, pois a época das chuvas é diferente no hemisfério norte e no hemisfério sul.
O Rio Amazonas nasce na cordilheira dos Andes, no Peru. Possui 6.868 km, sendo que 3.165 km estão em território brasileiro. Sua vazão média é da ordem de 109.000 m³/s e 190.000 m³/s na estação de chuvas. É um rio típico de planície, ele e muitos de seus afluentes são navegáveis, o que é muito importante para a população da Amazônia, que se serve do rio como meio de locomoção.
O rio é divido em três partes:
· ainda nos países andinos, é chamado de rio Marañón
· ao entrar no Brasil, é chamado de rio Solimões
· ao receber as águas do rio Negro passa a ser chamado de rio Amazonas
A largura média do rio Amazonas é de aproximadamente 5 quilômetros. Em alguns lugares, de uma margem é impossível ver a margem oposta, por causa da curvatura da superfície terrestre. No ponto onde o rio mais se contrai – o chamado "Estreito de Óbidos" – a largura diminui para 1,5 quilômetro e a profundidade chega a 100 metros.
As terras amazônicas, como se disse, formam uma planície no sentido atual da palavra, ou seja, um território formado pela sedimentação. A norte e a sul essa planície é limitada pelos escudos das Guianas e Brasileiro, respectivamente. Uma divisão elementar das terras da bacia amazônica permite classificá-las em:
· várzeas: terras próximas ao rio, que são inundadas pelas enchentes anuais, ou mesmo diariamente;
· terras firmes: nunca são alagadas pelas enchentes.
Bacia AmazonicaA bacia do rio Amazonas envolve todo o conjunto de recursos hídricos que convergem para o rio Amazonas. Essa bacia hidrográfica faz parte da região hidrográfica do Amazonas, uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro.
A bacia amazônica abrange uma área de 7 milhões de km², compreendendo terras de vários países da América do Sul (Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia e Brasil). É a maior bacia fluvial do mundo.De sua área total, cerca de 3,8 milhões de km² encontram-se no Brasil, abrangendo os estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Amapá.

Objetivo do Projeto

Este projeto é criação dos alunos do 3º ano do Ensino Médio, na intenção de trazer informações sobre a maior floresta tropical do mundo : a AMAZÔNIA.

O ano de 2009 ficará marcado como o 1º ano de preocupação real com o destino desta região, buscando melhores condições para seu futuro desenvolvimento com sustentabilidade.

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