quarta-feira, 3 de junho de 2009

Fauna e Flora

Pesquisadora encontra 77 espécies de borboletas em reserva de MT


Durante 6 meses, ela montou armadilhas com frutas na floresta.Após identificados, insetos foram libertados.

A pesquisadora atrai as borboletas para armadilhas de tela como esta usando banana fermentada como isca. (Foto: Divulgação/Ibama)
Cibele foi a primeira pesquisadora a trabalhar na Estação Ecológica de Iquê após 13 anos, devido à dificuldade de acesso ao local. Para encontrar essa variedade de borboletas, ela instalou armadilhas com bananas fermentadas, que atraem os insetos frugívoros (que se alimentam de frutas).

Entre as 77 espécies encontradas pela pesquisadora está a gigante Caligo idomeneus, que tem mais de 20 cm de comprimento.
Após ficarem presas nas armadilhas, as borboletas foram identificadas, fotografadas e libertadas. Apenas alguns exemplares tiveram de ser sacrificados para servir de amostra para outros pesquisadores que venham a atuar na região. A Estação Ecológica de Iquê tem 2 mil km² e fica numa área de transição entre o cerrado e a floresta amazônica. Como explica a bióloga, isso aumenta sua biodiversidade, já que ela tem espécies características dos dois tipos de vegetação.

A presença de muitas borboletas é um indicativo de que a floresta está bem preservada porque elas são afetadas rapidamente por mudanças ambientais.

Desmatamento

Entre floresta e mercado final, madeira ilegal se valoriza mais de 2.300%

A madeira retirada ilegalmente de uma floresta pode se valorizar 23 vezes até chegar ao consumidor final. É o que apontam os dados de contabilidade das madeireiras clandestinas ocupadas na
megaoperação liderada pelo Ibama em Nova Esperança do Piriá (PA).

A operação ocupou 13 madeireiras na cidade situada no nordeste paraense e apreendeu mais de 2.300 metros cúbicos de madeira de variadas espécies. Registros contábeis encontrados nessas instalações clandestinas apontam que cada árvore retirada da Terra Indígena Alto Guamá e entregue na cidade vale entre R$ 80 e R$ 100. Uma tora rende entre 1,5 e 2 metros cúbicos de madeira serrada.

Cogumelos

Cientista procura cogumelos luminosos na Amazônia

Uma espécie já foi encontrada por biólogo de Manaus. Cogumelo emite luz verde semelhante à dos vaga-lumes.

A descoberta foi feita por acaso. Durante uma expedição científica na rodovia BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, o biólogo Ricardo Braga-Neto percebeu que havia algo diferente em um pequeno cogumelo na mata: ele brilhava no escuro. Uma fraca luz verde, parecida com o brilho natural dos vaga-lumes, destacava o fungo na floresta.

Mycena lacrimans é a primeira espécie de fungo encontrada na Amazônia que tem o cogumelo bioluminescente. (Foto: Ricardo Braga-Neto/Arquivo Pessoal)

A espécie já era conhecida, mas ninguém até então havia percebido nela o fenômeno da bioluminescência – o mecanismo que permite a seres vivos emitirem luz. Com a ajuda do colega Dennis Desjardin, dos EUA, Braga-Neto descobriu que Mycena lacrimans é a primeira espécie de fungo encontrada na Amazônia que tem o cogumelo bioluminescente, entre as 64 já classificadas no mundo.